Saúde Mental é uma prioridade da RSSN

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É o que o diretor da Região Sanitária Santiago Norte (RSSN) João Baptista Semedo garantiu no final do encontro sobre saúde mental e determinantes de saúde realizado no dia 26, quinta-feira,  ao mesmo tempo que admite que a saúde mental é uma questão ‟preocupante” em qualquer país e Cabo Verde ‟não foge à regra”, destacando, entretanto, que a situação ‟não é caótica”, comparada com outras realidades.

A jornada de trabalho, onde estiveram presentes diferentes técnicos de saúde da região norte, profissionais da comunicação social e estudantes de jornalismo, produziu as seguintes considerações e recomendações finais, a saber: “Contata-se um evolução bastante favorável em relação aos determinantes de saúde em Cabo Verde e na região Santiago Norte (educação, condição de vida - água canalizada, eletricidade, casas de banho, cozinhar com gaz, mais também acesso aos serviços de saúde, acesso ao meios de comunicação) , não obstante persistir ainda desafios na melhoria de alguns indicadores como a taxa de desemprego e a pobreza que ainda a Região apresenta valores por cima da média do país em muitos dos municípios; Deve-se continuar a reforçar a abordagem dos problemas de saúde mental segundo a novas orientações da OMS que é a nível da comunidade com foco nas redes de atenção primária, onde se pode capitalizar todos os recursos facilitadores como a família, os amigos e vizinhos e também onde contará com centro de saúde mais próximo com profissionais capacitados para apoiar o utente; Recomenda ainda seguir as orientações da OMS propondo internamento somente para os casos agudos e com critérios bem evidentes; a RSSN deve encetar contatos juntos da OMS e o programa nacional de saúde mental para a elaboração/ adaptação do manual sobre abordagem dos temas de saúde mental para jornalistas e com foco na abordagem jornalística do suicídio.

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Á margem do colóquio João Baptista Semedo disse à imprensa que a saúde mental é uma questão ‟preocupante” em qualquer país e Cabo Verde ‟não foge à regra”, destacando, entretanto, que a situação ‟não é caótica”, comparada com outras realidades.

‟Em Cabo Verde, não temos uma situação alarmante, do ponto de vista de suicídio, mas temos um nível controlado dentro da nossa cultura”, frisou, afirmando, contudo, que devido ao consumo exagerado de álcool na região norte este flagelo vem sendo um dos fatores de risco para doenças mentais e não só.

No entanto, Semedo avança que estão a trabalhar a orientação dada pela OMS, recomendando uma abordagem em comunidade, educando a população e entidades sociais nas formas que devem agir para proteger as pessoas com transtorno mental.

O responsável adiantou que na região norte existe uma rede de atenção primária em todos os centros de saúde e clínicos gerais que estão capacitados para lidar com esta questão, lembrando que o hospital regional está apetrechado com uma psiquiatra, uma rede de psicólogos e rede de assistentes sociais para fazer a ponte entre a estrutura de saúde e a comunidade.

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Mostrando-se esperançoso quanto ao resultado desde colóquio, o diretor frisou que a organização espera que os jornalistas saiam mais sensibilizados com as questões de saúde em geral, principalmente a saúde mental.

Na mesma ocasião, a presidente da Rede dos Jornalistas Para o Ambiente (REJA), Joana Lopes, afirmou que este colóquio é uma ‟excelente iniciativa”, realçando que é uma oportunidade para partilhar com os técnicos de saúde e tirar dúvidas sobre doenças mentais, de forma a ‟mudar e melhorar” a abordagem dos trabalhos jornalísticos sobre a problemática.

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Para esta associada da AJOC, a falta de informação origina a ‟fraca sensibilidade no tratamento de informação”, sobretudo, na questão de saúde mental, por isso, considera necessário capacitar os profissionais da área da comunicação, justificando que isso contribuirá para que as pessoas tenham mais saúde.

Este colóquio é uma iniciativa da Região Sanitária Santiago Norte, em parceira com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) e Rede de Jornalistas para o Ambiente (REJA).


Confira abaixo o video documental