Saúde na RSSN. Com os utentes no centro da nossa atenção

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O serviço nacional de Saúde está a modernizar-se e os projetos do ministério da Saúde estão a materializar-se de forma consistente na Região Sanitária Santiago Norte. Esta é a perceção do ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, quando falava no ato de inauguração do Serviço de Admissão e Gestão de Utente, que teve lugar no passado dia 20 de setembro.

O ministro disse estar orgulhoso do trabalho desenvolvido nesta região, composta por seis municípios e que serve mais de 121 mil pessoas. “…vejo resultados: melhoria consistente dos indicadores de saúde, melhoria na qualidade e no acesso da população de santiago norte aos cuidados de saúde. Vejo, ano após ano, uma região sanitária, com um serviço de saúde mais consolidado, mais equilibrado em termos de distribuição de recursos, com mais técnicos qualificados, com mais infraestruturas de saúde e com melhor financiamento”, afirma o ministro Arlindo do Rosário.

Confira aqui o discurso na íntegra.

 "Excelentíssimo Vice-Presidente da Assembleia Nacional

Sua Excelência Sra. Secretaria, do Estado para Modernização Administrativa,

Srs. Presidentes de Câmaras dos Municípios de Santiago Norte,

Sr. Reverendíssimo Cardial e Bispo de Santiago Norte,

Párocos das Paróquias de Santiago Norte,

Sra. Diretora da Casa do Cidadão,

Srs. Dirigentes do MSSS e da Região Sanitária Santiago Norte,

Caros Parceiros e Patrocinadores deste projeto,

Srs. Jornalistas,

Minhas Senhoras e meus Senhores

Inicio a minha intervenção da forma como é já habitual, sempre que visito esta magnifica região de santiago e de Cabo verde, expressando a minha satisfação e orgulho de ver a política nacional de saúde a materializar-se, de forma bem evidente e consistente.

Vejo a cada dia, a cada ano que passa e em cada ato organizado seja pelas estruturas concelhias, seja pela direção da região sanitária de santiago norte, provas que evidenciam excelência na organização, liderança, determinação, empenho, planeamento e profissionalismo dos profissionais da saúde.

Vejo a bandeira da saúde em todas as políticas, vejo transsetorialidade e vejo parcerias.

E vejo resultados: melhoria consistente dos indicadores de saúde, melhoria na qualidade e no acesso da população de santiago norte aos cuidados de saúde.

Vejo, ano após ano, uma região sanitária, com um serviço de saúde mais consolidado, mais equilibrado em termos de distribuição de recursos, com mais técnicos qualificados, com mais infraestruturas de saúde e com melhor financiamento.

Vejo o Hospital Santa Rita Vieira afirmando a sua vocação como centro de referência regional para os cuidados secundários de saúde, alargando a sua capacidade de resposta às demandas de outros concelhos.

Enche-nos de orgulho e regozijo, acompanhar esta dinâmica que pode ser atestada pelo volume de atividades do Banco de Urgência, dos serviços de internamento e das consultas externas, pela implementação de novos serviços, pela busca permanente da eficiência, através da melhor gestão dos recursos humanos, financeiros e de equipamentos colocados a vossa disposição.

É também reconfortante a perceção de que o que move esta região, os seus profissionais de saúde, os parceiros, para enfrentar problemas como a mortalidade infantil e materna ou prevenir e combater o câncer, a gravidez na adolescência, as doenças de transmissão vetorial, o VIH/ SIDA, os problemas ligados ao uso abusivo de bebidas alcoólicas, a toxicodependência, não é a vã glória de apresentar bons indicadores, mas sim, o desejo de trazer mais qualidade à vida, o pensamento focado não na doença mas nas pessoas e de elevar os níveis de saúde da nossa população!

Parabéns!

 Muito obrigado a todos vós que, com muita abnegação e entrega total, dão corpo, quotidianamente, às políticas de saúde, fazendo, através do conhecimento, das boas práticas e da solidariedade, que assumam, de facto, o seu carácter verdadeiramente humano.

Políticas de saúde, apoiadas na multisectorialidade, nas parcerias com as autarquias, organizações da sociedade civil, e com forte apoio das organizações internacionais, nomeadamente as agências das nações unidas, como a OMS, com a Organização Oeste Africana da Saúde.

Minhas senhoras e meus senhores

Momentos como este, renovam e fortaleçam a minha convicção de que estamos no bom caminho.

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Passo a passo, com determinação e fé, juntos iremos construindo um país mais seguro, mais resiliente e mais inclusivo.

Mais seguro também do ponto de vista sanitário, resiliente aos efeitos das mudanças climáticas na saúde, livre da transmissão autóctone do paludismo e da transmissão vertical do VIH/SIDA até 2020.

Estamos a investir na promoção da saúde, a trabalhar sobre as determinantes da saúde, a criar melhores condições para uma vida saudável.

As nossas cidades estão bem MAIS organizadas, há um forte investimento na melhoria da qualidade de vida nas cidades e na criação de melhores condições para aqueles que vivem fora delas.

Quero aproveitar esta soberana oportunidade para felicitar as autarquias, os órgãos e os eleitos municipais pelo magnífico trabalho que em parceria com o governo vem realizando.

Minhas senhoras e meus senhores

Inúmeros são os desafios que temos pela frente!

O alcoolismo e os problemas a ele ligados, de âmbito individual, familiar social e económico continua a ser um dos grandes desafios para a saúde pública.

Várias medidas já foram tomadas, para enfrentar a problemática. Medidas de caracter legislativo, educativo, de comunicação, de envolvimento de vários atores sociais, com o objetivo de ampliar, articular e fortalecer as respostas. No dia 15 de outubro entrará em vigor a nova lei sobre o consumo, fiscalização, publicidade e venda de bebidas alcoólicas. Poderá ser uma medida de grande alcance se todos quisermos, se os poderes públicos e sobretudo a população assim quiserem!

A problemática das drogas e crimes conexos precisa ser também devidamente enfrentada.

A transição epidemiológica com crescente aumento das doenças cronicas não transmissíveis como os cancros, a diabetes e as doenças cardiocerebrovasculares

As ainda existentes assimetrias regionais na prestação de cuidados de saúde apesar do grande esforço que vem sendo feito para a sua diminuição

As fragilidades do nosso sistema nacional de saúde e insuficiências nas respostas a uma demanda cada vez maior, mais exigente e mais complexa

A escassez em recursos humanos, meios de diagnóstico e tratamento

A problemática das evacuações inter-ilhas e para o exterior

A humanização dos cuidados de saúde

São sobre estes desafios que temos vindo a trabalhar nos últimos anos. Desafios complexos que requerem respostas sistémicas, articuladas, multissetoriais e transversais.

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Ano apos ano, temos vindo a reforçar o SNS com mais médicos, mais enfermeiros, mais técnicos de saúde. Em breve colocaremos mais 179 enfermeiros nas diferentes estruturas em todo o país e estão em andamento diversos concursos para recrutamento de outros profissionais de saúde.

Estamos a largar e a melhorar a rede de infraestruturas de saúde.

Particularmente na região de santiago norte teremos novos centros de saúde nos órgãos e assomada, novo posto sanitário em cancelo. Com as camaras municipais, implementamos um programa de reabilitação de várias unidades sanitárias de base.

A nível nacional é de destacar construção do centro de saúde de santa maria no Sal, prestes a ser concluída, o inicio das obras para a construção do bloco operatório na Boavista, a criação de sala para pequenas cirurgias na Ribeira Brava em S.Nicolau, o arranque das obras para o centro de terapia ocupacional, em S.Vicente, o novo centro de hemodialise em S.Vicente e o bloco ambulatorial daquele que será o novo centro hospitalar do região norte em Mindelo.

Dotaremos todas as estruturas de melhores meios de transporte dos doentes com a aquisição de novas ambulâncias já em fase de procurement

A boa nova é que em meados do próximo mês de outubro os equipamentos médicos-hospitalares para todos os centros de saúde e hospitais regionais do financiamento belga começaram a ser embarcados para Cabo Verde

Continuamos a trabalhar na melhoria da capacidade de resposta em todas as ilhas com vista a senão diminuir, melhorar a qualidade das evacuações

E estamos a trabalhar afincadamente no projeto para o novo hospital nacional para dar resposta a situações que necessitam por enquanto de ser evacuadas para o exterior.

Por último, mas não menos importante, estamos a trabalhar para melhorar o atendimento e a humanização dos cuidados de saúde nas estruturas públicas em estreita parceria com a secretaria de estado para a modernização administrativa e reforma do estado e a casa do cidadão.

Não tenho dúvidas que iremos conseguir

Conto com todos e com cada um

Obrigado"